Senti uma suave brisa a falar docemente
Construí um abrigo no deserto da emoção
Encontrei na areia duas gotas de agua dormente
Eram lágrimas soltas dos olhos de uma criatura pura
Por momentos fechou-se a alegria na Terra
Contei sete pedras no meio das ondas
E fechei os olhos, imaginei-te Anjo em suave espera
Os vales são as ruas de um deus
Mãos de seda percorreram o espaço
Soltaram-se as raízes do bem
Num único e sentido abraço
Como um caminho coberto de azul
A terra prendeu-me um sonho sonhado
No julgamento dos meus fracassos
Venci tempestades com este vento de braço dado
Embriaguei-me na minha solidão
Vi nos teus olhos a fragilidade da espuma
Subi com o olhar o voo dos pássaros
Perdi-me na procura da paixão no meio da bruma
A tua beleza mora no feliz pensamento
Palavras que irromperam aos ouvidos, tantas
Escolhi algumas numa oração e lancei-as ao mar
As ondas trouxeram-me verdades tamanhas
Um grito brotou da alma
Em surdina alcançou-me a alma
A dor verteu diamantes de sal
Plena és em doce chama
Já tinha proibido a fé de entrar em meu peito
Porque selaste a tua alma à ternura?
És o pio de ave na procura do ninho
Um ribeiro de sentires da água mais pura
Que distância pode alcançar a verdade?
Pelos dias das minhas noites de magia
Pela alma de duas criaturas vibra a luz
Que se perpetua para lá do dia
E no encontro do coração na sua manhã
Segui o curso de um errante espírito na esperança
Fechei os olhos e a alma às palavras
Neste silêncio firmei uma...Aliança...
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